Adormeceu a pensar no abraço que lhe ia dar... Tão carregado de amor!
Quando o viu, apeteceu-lhe correr e abraça-lo como nunca.
Mas ele olhou-a com um olhar vazio, que ela não conhecia.
E disse-lhe coisas que doeram tanto, como se fossem pancadas. Doeram tanto que nem teve tempo de se proteger para não se sentir tão frágil, tão magoada.
E continuava implacável, sem parar nem para respirar. Continuava a espanca-la com palavras duras e secas que cada vez marcavam mais e mais.
Até que parou e foi, e o pior foi que ela viu nos seus olhos a marca da compaixão que sentia por ve-la ali, despedaçada. Mesmo assim, ela sabia que não era por esse sentimento ridículo de pena que parou, não! Foi porque já tinha dito tudo, porque já tinha dito o pior que alguém pode ouvir!
Fechou a porta atrás de si e naquele momento teve certeza que ele nunca voltaria!
Foi o momento mais triste da sua vida!
O tempo não pára, nunca parou por mais que ela assim o desejasse.
Agora ela olha para trás...
Demorou a perceber mas agora sabe, aquilo que ouviu eram tudo mentiras, usou-a para se desculpar da sua triste inconstância, da fraqueza do seu coração, da cobardia do seu amor!
Queria fazer-la sentir-se culpada... e conseguiu! Mas o (falso) sentimento de culpa voa mais rápido do que o de arrependimento!
Os papéis subitamente invertem-se!
.
Sim, foi mesmo um ponto final!
Ele nunca mereceu o que ela tinha para lhe dar, aquele abraço, nunca será seu!
Triste não é?
domingo, 27 de maio de 2007
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