sábado, 24 de fevereiro de 2007

Obrigado!

Caia uma chuva fria, má. Era uma noite triste, daquelas que ninguém quer que venham, que aconteçam.
Toquei, sem ter a certeza que era aquele o andar, de qualquer maneira, se não fosse, não iria conseguir explicar o porquê de me ter enganado.
A porta abriu, tu vieste e fizeste tudo o que eu sempre soube que farias. Não me pediste explicações, não me deste conselhos que sabias que não ia cumprir, não me teceste elogios sem fim para me tentares fazer sentir bem e não me lembro de ter ouvido uma única pergunta sequer, até por fim consegui dizer: Obrigada!
Não respondeste, apesar de eu saber que o que me querias dizer era que não era preciso agradecer nada. Nunca foi preciso falares, o teu olhar é tão mais sincero do que quaisquer palavras!
Abraçaste-me com todo o amor (afinal, não é amizade a mais bela forma de amor?) e deixaste-me ficar ali, contigo, e sem dizeres nada eu sabia que podia ficar naquele doce aconchego, para sempre!

...

Passado todo este tempo tenho certeza que é a tua casa que irei sempre, nas noites tristes, à procura de um ombro e de um abraço e vou dizer sempre as mesmas palavras: Obrigada, obrigada pela tua linda existencia!



(Para ti, por seres sempre o meu D.)

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Eras a luz, eras o brilho, eras o sonho.

Agora não pareces mais que um estranho, alguém com quem me cruzei na rua, um dia, ou que veio sentado ao meu lado, no autocarro, no caminho para casa.
Parece que a única coisa que temos em comum é sermos da mesma espécie, vivermos no mesmo planeta.
Gostava de acreditar que simulas toda essa distância para não me fazeres sofrer, para não deixares que eu ainda acredite que pode acontecer um milagre.
Mas sabes, eu já não acredito em milagres, devias saber disto desde aquele dia em que disseste que tudo ia voltar a ser como era.
Nunca te esqueças que cá em cima, há uma menina que se lembra de ti, muitas vezes, e que sabe que no fundo, continuas a ser o mesmo que fez os seus olhos brilharem de uma maneira que nunca ninguem o tinha feito.
E é nestes momentos, em que as saudades apertam, que me pergunto: Como aprendi eu a sentir isto?

E pensar que já foste tanto, já foste o melhor de mim...

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Espera...

Deixei-te partir com a promessa que a distância não seria maior que o nosso amor.
Deixei-te partir com a certeza que voltarias a cada lua cheia, para me adormeceres.
Prometi deixar a porta aberta para que pudesses entrar sempre, sem pedires autorização, para me surpreenderes com a tua chegada, trazendo sempre o brilho nos olhos e o sorriso nos lábios pelos quais me apaixonei.
E assim foi...
Vieste e tornaste a vir, a acabar com o meu suspiro, a iluminar a minha vida durante as escassas horas que me presenteavas com o teu toque.
Hoje, o quarto minguante já impós o seu lugar e tu não me abraçaste como costumavas fazer, a porta continuou parada durante toda a minha espera e o portão só mexia ao sabor do vento.
Vou fechar a porta, tu partiste o meu coração e com ele quebraste a tua promessa.
Sinto-me no direito de quebrar a minha também!
A tua ausência doi muito mais do que qualquer outra e a escuridão do meu coração é muito maior do que a que vejo agora, aqui, deitada na minha cama, a tentar dormir.
A janela fica aberta...
Se um dia decidires voltar, espero que te lembres que era encostada áquele beiral que aguardava a tua chegada.