O sonho que eles viviam era muito melhor do que tudo o que poderiam ter imaginado.
Gostas de mim? – dizia ela.
Gosto.
Muito ou pouco?
Muito
-Até quando?
- Até sempre...
Ela era feliz vivendo nesta ingenuidade e ele gostava de vê-la sorrir depois de dizer estas palavras que para ela eram mágicas, que a faziam acreditar que há coisas que nunca mudam, que o tempo não destroi, que a distância não afasta e que ficam no coração, para sempre. E ele observava-a nesse contentamento com um olhar tão apaixonado que ela jurou nunca o esquecer.
O tempo passou, e ele, um dia, cansou-se de simular sentimentos eternos que percebeu não sentir.
Ela... Ela chorou e sofreu, mais do que jamais até ali tinha feito, e percebeu que há pessoas que não são feitas para amar indefinidamente.
O sonho acabou...
Agora, ela continua a acreditar na eternidade dos sentimentos, a acreditar que há pessoas que entram no nosso coração e que nunca de lá saem, podem estar adormecidas, mas é lá que permanecem, num lugar sempre delas.
Continua a tentar que o mundo perceba que há pessoas que entram na nossa vida e que não há nada que as consiga apagar da memória, e muito menos do coração, e isso faz parte de uma das maravilhas do ser humano.
E descobriu que a eternidade das coisas mora bem longe, e só alguns lá chegam.
Quanto a ele, ele continua gravado no coração dela e é lá que vai permanecer, mesmo que adormecido... Pra sempre!
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