Dou por terminado este blog, assim como o sentimento que me fez inicia-lo!
Obrigada a todos!
Daniela Oliveira
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
domingo, 27 de maio de 2007
Aquele abraço!
Adormeceu a pensar no abraço que lhe ia dar... Tão carregado de amor!
Quando o viu, apeteceu-lhe correr e abraça-lo como nunca.
Mas ele olhou-a com um olhar vazio, que ela não conhecia.
E disse-lhe coisas que doeram tanto, como se fossem pancadas. Doeram tanto que nem teve tempo de se proteger para não se sentir tão frágil, tão magoada.
E continuava implacável, sem parar nem para respirar. Continuava a espanca-la com palavras duras e secas que cada vez marcavam mais e mais.
Até que parou e foi, e o pior foi que ela viu nos seus olhos a marca da compaixão que sentia por ve-la ali, despedaçada. Mesmo assim, ela sabia que não era por esse sentimento ridículo de pena que parou, não! Foi porque já tinha dito tudo, porque já tinha dito o pior que alguém pode ouvir!
Fechou a porta atrás de si e naquele momento teve certeza que ele nunca voltaria!
Foi o momento mais triste da sua vida!
O tempo não pára, nunca parou por mais que ela assim o desejasse.
Agora ela olha para trás...
Demorou a perceber mas agora sabe, aquilo que ouviu eram tudo mentiras, usou-a para se desculpar da sua triste inconstância, da fraqueza do seu coração, da cobardia do seu amor!
Queria fazer-la sentir-se culpada... e conseguiu! Mas o (falso) sentimento de culpa voa mais rápido do que o de arrependimento!
Os papéis subitamente invertem-se!
.
Sim, foi mesmo um ponto final!
Ele nunca mereceu o que ela tinha para lhe dar, aquele abraço, nunca será seu!
Triste não é?
Quando o viu, apeteceu-lhe correr e abraça-lo como nunca.
Mas ele olhou-a com um olhar vazio, que ela não conhecia.
E disse-lhe coisas que doeram tanto, como se fossem pancadas. Doeram tanto que nem teve tempo de se proteger para não se sentir tão frágil, tão magoada.
E continuava implacável, sem parar nem para respirar. Continuava a espanca-la com palavras duras e secas que cada vez marcavam mais e mais.
Até que parou e foi, e o pior foi que ela viu nos seus olhos a marca da compaixão que sentia por ve-la ali, despedaçada. Mesmo assim, ela sabia que não era por esse sentimento ridículo de pena que parou, não! Foi porque já tinha dito tudo, porque já tinha dito o pior que alguém pode ouvir!
Fechou a porta atrás de si e naquele momento teve certeza que ele nunca voltaria!
Foi o momento mais triste da sua vida!
O tempo não pára, nunca parou por mais que ela assim o desejasse.
Agora ela olha para trás...
Demorou a perceber mas agora sabe, aquilo que ouviu eram tudo mentiras, usou-a para se desculpar da sua triste inconstância, da fraqueza do seu coração, da cobardia do seu amor!
Queria fazer-la sentir-se culpada... e conseguiu! Mas o (falso) sentimento de culpa voa mais rápido do que o de arrependimento!
Os papéis subitamente invertem-se!
.
Sim, foi mesmo um ponto final!
Ele nunca mereceu o que ela tinha para lhe dar, aquele abraço, nunca será seu!
Triste não é?
domingo, 8 de abril de 2007
O nosso Cordão
Hoje era daqueles dias que não deviam vir no calendário, que deviam ser passados em branco, que a memória devia apagar automáticamente como se fosse um virus.
Cheguei a casa, tomei um banho de água quente que pareceu demorar horas, vesti o pijama mais quente que tinha e deitei-me. Liguei o rádio, encostei a porta e apaguei a luz.
Depois disso fiz exactamente o que qualquer pessoa faz quando chega a casa, depois de um dia como este: Nada!
Quando chegaste, queria ter fingido que estava a dormir para não ter de te ver, não queria que partilhasses este dia comigo.
Mas acho que o nosso cordão faz-nos ficar ligadas como se fizesses parte de mim, de alguma maneira, é isso mesmo que sinto, que fazes parte de mim. Depois de sentir o teu beijo a única coisa disse foi:
- Não se passa nada, só tenho sono e estou cansada. Antes de saires volta a encostar a porta e a apagar a luz.
Depois de fazeres o que te tinha pedido com uma voz ainda mais fria que aquela noite, fechei os olhos e comecei, como por magia, lentamente, a perder a tristeza deste dia e com ele outras tantas memórias recentes que pairavam na minha cabeça.
Naquele momento, deixei de ouvir o rádio e a cama começou a parecer-me maior. A secretaria desarrumada e a televisão desapareceram e o chão estava cheio de legos e mais uns quantos brinquedos que me pareciam tão familiares. E por fim senti a mão quente. Eras tu que estavas ao meu lado a segura-la. Finalmente percebi o que se passou, agora eu era uma criança de 7 anos.
- Mãeeee, quando respiro parece que tenho muitos gatinhos dentro de mim. Se calhar são eles que não me deixam respirar nem dormir. Tu tens sono?
-Não princesa, não tenho.
-Ainda bem, assim não tenho de ficar acordada sozinha. Sabes, tenho um bocadinho de medo de ficar acordada sozinha.
-Eu sei, toda a gente tem medo de ficar sozinha. Mas eu não te deixo sozinha, nunca!
Daquela recordação passei para outra, e para outra, e para outra e nesse momento não era nada mais que um espectadora da minha própria vida. Os momentos passavam como se fossem cenas de teatro. Vi aflição com que ficaste quando caí pela primeira vez e fiquei com os joelhos em carne viva, vi-te sentada ao meu lado a olhares para mim quando a minha cara e o resto do corpo pareciam totalmente cobertas com pintas de tinta vermelha, vi-te a levares-me à escola no primeiro dia de aulas e até no hospital quando “os gatinhos” quase me cortavam a respiração. Vi-te a limpares as minhas lágrimas quando me apaixonei pela primeira vez e por fim vi-te a fazeres o mesmo quando eu achava que o mundo tinha perdido toda a sua cor...
E da mesma maneira que tinha começado aquela viagem, lentamente, voltei a ouvir a música, e como se o pano tivesse caído, acendi a luz e vi que todos os brinquedos tinham desaparecido mas que já havia secretaria e estava cheia de livros e folhas espalhadas. A televisão voltou e todo o desconsolo daquele dia também. Mas havia qualquer coisa que me acalmava o coração como se alguém me estivesse a fazer festas na cabeça... Não foi difícil perceber o que era: Gratidão!
Mais que nunca queria que estivesses ali, para te dizer o quanto me sentia agradecia por teres estado sempre do meu lado. E enquanto estava mergulhada em todos estes pensamentos ouvi, como a mesma voz carinhosa com que sempre me falavas quando sabias o quanto eu precisava de a ouvir:
- Posso dormir contigo? Trouxe a almofada!
Ainda comecei por me perguntar como tu sabias o quanto eu queria que abrisses aquela porta mas depois percebi que naquele momento, tudo o que menos importava era o porquê de estares ali. O importante é que estavas, e agora, naquele preciso momento, mais que nunca, eu podia dizer-te o que gostava de ter dito sempre.
Essa noite foi passada em claro, e desta vez não foi por causa “dos gatinhos”, nem das lágrimas e muito menos porque a cadeira do hospital era demasiado dura. Desta vez foi porque eu percebi que nunca é cedo demais para te dizer o quanto te respeito, amo e admiro e o quanto a minha vida está dependente da tua.
Não me lembro de um único momento que não estivesses do meu lado, mesmo quanto estavas fisicamente longe e também não me consigo lembrar de precisar de ti e não te sentir, a segurares a minha mão. Como eu te sou agradecia por isso!
Felizmente uma noite não chegou para te dizer tudo o que queria, ainda bem, uma vida também não chegaria para saber sozinha tudo o que aprendi contigo.
Obrigado por nunca cortares o nosso cordão...
Cheguei a casa, tomei um banho de água quente que pareceu demorar horas, vesti o pijama mais quente que tinha e deitei-me. Liguei o rádio, encostei a porta e apaguei a luz.
Depois disso fiz exactamente o que qualquer pessoa faz quando chega a casa, depois de um dia como este: Nada!
Quando chegaste, queria ter fingido que estava a dormir para não ter de te ver, não queria que partilhasses este dia comigo.
Mas acho que o nosso cordão faz-nos ficar ligadas como se fizesses parte de mim, de alguma maneira, é isso mesmo que sinto, que fazes parte de mim. Depois de sentir o teu beijo a única coisa disse foi:
- Não se passa nada, só tenho sono e estou cansada. Antes de saires volta a encostar a porta e a apagar a luz.
Depois de fazeres o que te tinha pedido com uma voz ainda mais fria que aquela noite, fechei os olhos e comecei, como por magia, lentamente, a perder a tristeza deste dia e com ele outras tantas memórias recentes que pairavam na minha cabeça.
Naquele momento, deixei de ouvir o rádio e a cama começou a parecer-me maior. A secretaria desarrumada e a televisão desapareceram e o chão estava cheio de legos e mais uns quantos brinquedos que me pareciam tão familiares. E por fim senti a mão quente. Eras tu que estavas ao meu lado a segura-la. Finalmente percebi o que se passou, agora eu era uma criança de 7 anos.
- Mãeeee, quando respiro parece que tenho muitos gatinhos dentro de mim. Se calhar são eles que não me deixam respirar nem dormir. Tu tens sono?
-Não princesa, não tenho.
-Ainda bem, assim não tenho de ficar acordada sozinha. Sabes, tenho um bocadinho de medo de ficar acordada sozinha.
-Eu sei, toda a gente tem medo de ficar sozinha. Mas eu não te deixo sozinha, nunca!
Daquela recordação passei para outra, e para outra, e para outra e nesse momento não era nada mais que um espectadora da minha própria vida. Os momentos passavam como se fossem cenas de teatro. Vi aflição com que ficaste quando caí pela primeira vez e fiquei com os joelhos em carne viva, vi-te sentada ao meu lado a olhares para mim quando a minha cara e o resto do corpo pareciam totalmente cobertas com pintas de tinta vermelha, vi-te a levares-me à escola no primeiro dia de aulas e até no hospital quando “os gatinhos” quase me cortavam a respiração. Vi-te a limpares as minhas lágrimas quando me apaixonei pela primeira vez e por fim vi-te a fazeres o mesmo quando eu achava que o mundo tinha perdido toda a sua cor...
E da mesma maneira que tinha começado aquela viagem, lentamente, voltei a ouvir a música, e como se o pano tivesse caído, acendi a luz e vi que todos os brinquedos tinham desaparecido mas que já havia secretaria e estava cheia de livros e folhas espalhadas. A televisão voltou e todo o desconsolo daquele dia também. Mas havia qualquer coisa que me acalmava o coração como se alguém me estivesse a fazer festas na cabeça... Não foi difícil perceber o que era: Gratidão!
Mais que nunca queria que estivesses ali, para te dizer o quanto me sentia agradecia por teres estado sempre do meu lado. E enquanto estava mergulhada em todos estes pensamentos ouvi, como a mesma voz carinhosa com que sempre me falavas quando sabias o quanto eu precisava de a ouvir:
- Posso dormir contigo? Trouxe a almofada!
Ainda comecei por me perguntar como tu sabias o quanto eu queria que abrisses aquela porta mas depois percebi que naquele momento, tudo o que menos importava era o porquê de estares ali. O importante é que estavas, e agora, naquele preciso momento, mais que nunca, eu podia dizer-te o que gostava de ter dito sempre.
Essa noite foi passada em claro, e desta vez não foi por causa “dos gatinhos”, nem das lágrimas e muito menos porque a cadeira do hospital era demasiado dura. Desta vez foi porque eu percebi que nunca é cedo demais para te dizer o quanto te respeito, amo e admiro e o quanto a minha vida está dependente da tua.
Não me lembro de um único momento que não estivesses do meu lado, mesmo quanto estavas fisicamente longe e também não me consigo lembrar de precisar de ti e não te sentir, a segurares a minha mão. Como eu te sou agradecia por isso!
Felizmente uma noite não chegou para te dizer tudo o que queria, ainda bem, uma vida também não chegaria para saber sozinha tudo o que aprendi contigo.
Obrigado por nunca cortares o nosso cordão...
quarta-feira, 21 de março de 2007
Chegou a Primavera!
Nunca me julguei tão clara como hoje, nunca me vi tão transparente.
Não olhei à minha volta, nem para as pessoas que passaram por mim enquanto permaneci aqui sentada neste banco tão de todos e tão meu. Não pensei em quem eram ou de onde vinham. Não sei se passou alguém conhecido ou se alguém me acenou. Também não interessa. Hoje o que interessa sou Eu! Eu gosto de mim! E esta sensação de egocentrismo preenche-me. Lembro-me de tudo o que já aprendi e vejo o quanto ainda tenho de aprender. Dizem que devemos sorrir com aquilo que aconteceu mesmo que tenha acabado. E eu finalmente, concordo plenamente! Depois de tudo desfiz-me de ti, não do teu corpo, isso já há muito que não queria, mas da tua imagem que teimava em pairar nos meus pensamentos. Agora estás lá no cantinho da memória, podia arriscar dizer que agora estás ao lado de outra qualquer recordação. Um recordação bonita, mas uma recordação.
Menti-te! Mas não me sinto mal por isso, a minha consciência não pesa como em outras situações. Se calhar porque foste tu que me levaste a mentir, se não fosses tu, nunca seria mentira a eternidade deste sentimento. Tenho de confessar, sinto-me feliz com a mentira que te disse.
Hoje chegou a Primavera e eu percebi, tal como ele, que poucas são as coisas que nunca me disfaço. São poucas, mas são eternas!
Que venham as andorinhas!
Não olhei à minha volta, nem para as pessoas que passaram por mim enquanto permaneci aqui sentada neste banco tão de todos e tão meu. Não pensei em quem eram ou de onde vinham. Não sei se passou alguém conhecido ou se alguém me acenou. Também não interessa. Hoje o que interessa sou Eu! Eu gosto de mim! E esta sensação de egocentrismo preenche-me. Lembro-me de tudo o que já aprendi e vejo o quanto ainda tenho de aprender. Dizem que devemos sorrir com aquilo que aconteceu mesmo que tenha acabado. E eu finalmente, concordo plenamente! Depois de tudo desfiz-me de ti, não do teu corpo, isso já há muito que não queria, mas da tua imagem que teimava em pairar nos meus pensamentos. Agora estás lá no cantinho da memória, podia arriscar dizer que agora estás ao lado de outra qualquer recordação. Um recordação bonita, mas uma recordação.
Menti-te! Mas não me sinto mal por isso, a minha consciência não pesa como em outras situações. Se calhar porque foste tu que me levaste a mentir, se não fosses tu, nunca seria mentira a eternidade deste sentimento. Tenho de confessar, sinto-me feliz com a mentira que te disse.
Hoje chegou a Primavera e eu percebi, tal como ele, que poucas são as coisas que nunca me disfaço. São poucas, mas são eternas!
Que venham as andorinhas!
sexta-feira, 16 de março de 2007
Eras o meu mel...
Lembro-me do primeiro dia que te vi... Lembro-me como se tivesse sido ontem, como se tivesse sido há minutos, como se tivesse sido agora. Como me poderia esquecer! Achei-te tão doce, e quanto a isso nunca me enganei! Realmente, parecias-me mel, em qualquer sitio, com qualquer pessoa, por qualquer motivo.
Mesmo quando estavas preocupado ou triste ou até xatiado, até aí eras mel.
Até quando as coisas não te corriam bem (e só eu sei como ficavas nesses dias) até aí eras mel! E eu gostava tanto da sensação de ser a mim a quem tu procuravas quando não querias estar com mais ninguém.
Eu gostava de saber que estavas bem comigo, que gostavas quando nos riamos de tudo e de nada, quando eramos nada mais que 2 crianças a viver um grande amor. Oh, como era grande o nosso amor!
Eu sabia que gostavas de sentir a água sobre as nossas cabeças, enquanto dizias o quanto me amavas e o quanto era bom estarmos ali, só os dois.
Nesse tempo, que agora parece tão distante, eu sabia que gostavas quando ficávamos horas a falar na minha varanda. A minha varanda...
É bom saber que não me lembro de todas as conversas que tivemos ali. É incrível como transformávamos um sítio tão banal num dos lugares mais encantados em que nos amávamos. Naquelas noites quentes de Verão não havia outro sitio onde gostássemos mais de estar do que ali, a partilhar aquele momento. a falar de nós, a falar de amor ou só a saboriar a presença um do outro, que enchia de encanto os nossos corações.
O tempo voava, o mundo parava, eras só tu e eu.
E à noite, antes de me deitar, eu sabia, eu tinha certeza, do quanto era feliz por te ter comigo, ao meu lado.
Eu era feliz porque te fazia feliz. E isto sim, é amor, amor genuíno,amor verdadeiro.
E durante toda esta estadia num mundo que ambos provávamos pela primeira vez não houve um minuto sequer que não soubesse que eras o meu mel...
Mesmo quando estavas preocupado ou triste ou até xatiado, até aí eras mel.
Até quando as coisas não te corriam bem (e só eu sei como ficavas nesses dias) até aí eras mel! E eu gostava tanto da sensação de ser a mim a quem tu procuravas quando não querias estar com mais ninguém.
Eu gostava de saber que estavas bem comigo, que gostavas quando nos riamos de tudo e de nada, quando eramos nada mais que 2 crianças a viver um grande amor. Oh, como era grande o nosso amor!
Eu sabia que gostavas de sentir a água sobre as nossas cabeças, enquanto dizias o quanto me amavas e o quanto era bom estarmos ali, só os dois.
Nesse tempo, que agora parece tão distante, eu sabia que gostavas quando ficávamos horas a falar na minha varanda. A minha varanda...
É bom saber que não me lembro de todas as conversas que tivemos ali. É incrível como transformávamos um sítio tão banal num dos lugares mais encantados em que nos amávamos. Naquelas noites quentes de Verão não havia outro sitio onde gostássemos mais de estar do que ali, a partilhar aquele momento. a falar de nós, a falar de amor ou só a saboriar a presença um do outro, que enchia de encanto os nossos corações.
O tempo voava, o mundo parava, eras só tu e eu.
E à noite, antes de me deitar, eu sabia, eu tinha certeza, do quanto era feliz por te ter comigo, ao meu lado.
Eu era feliz porque te fazia feliz. E isto sim, é amor, amor genuíno,amor verdadeiro.
E durante toda esta estadia num mundo que ambos provávamos pela primeira vez não houve um minuto sequer que não soubesse que eras o meu mel...
sexta-feira, 9 de março de 2007
Fica...
Não vás! Não antes de eu te dizer tudo! Não me deixes com palavras presas à garganta como se fossem anzóis.
Antes de ires, por favor, antes de ires deixa-me mostrar as cartas que escrevi e que não te enviei por pensar ter muito tempo para o fazer! Não deixes que eu as faça arder, na minha lareira, enquanto vejo o nosso amor imortalizado numa fotografia.
Vai só quando já tivermos vivido tudo, quando já não houver nada para fazer, nada para acontecer. Parte só quando ja tivermos visto tudo, quando tudo já tiver acontecido.
Antes disso, fica! Vamos esgotar o tempo, esgotar a vida!
Mas se quiseres ir, agora, então vai! Eu não vou pedir para ficares depois de me dizeres que já tomaste a tua decisão. Esquece o que eu queria dizer, o que queria mostrar, o que queria viver, esquece e vai!
Lembra-te só do que já passou e vai, vai embora que eu fico, aqui, sem ti!
Não sei se quero que voltes, mas se um dia decidires vir, antes de chegar outra vez o Inverno, só vais encontrar as cartas. Todo o resto já vai ter ardido na lareira do tempo, mesmo que seja Primavera!
Antes de ires, por favor, antes de ires deixa-me mostrar as cartas que escrevi e que não te enviei por pensar ter muito tempo para o fazer! Não deixes que eu as faça arder, na minha lareira, enquanto vejo o nosso amor imortalizado numa fotografia.
Vai só quando já tivermos vivido tudo, quando já não houver nada para fazer, nada para acontecer. Parte só quando ja tivermos visto tudo, quando tudo já tiver acontecido.
Antes disso, fica! Vamos esgotar o tempo, esgotar a vida!
Mas se quiseres ir, agora, então vai! Eu não vou pedir para ficares depois de me dizeres que já tomaste a tua decisão. Esquece o que eu queria dizer, o que queria mostrar, o que queria viver, esquece e vai!
Lembra-te só do que já passou e vai, vai embora que eu fico, aqui, sem ti!
Não sei se quero que voltes, mas se um dia decidires vir, antes de chegar outra vez o Inverno, só vais encontrar as cartas. Todo o resto já vai ter ardido na lareira do tempo, mesmo que seja Primavera!
sábado, 3 de março de 2007
P'ra sempre!
O sonho que eles viviam era muito melhor do que tudo o que poderiam ter imaginado.
Gostas de mim? – dizia ela.
Gosto.
Muito ou pouco?
Muito
-Até quando?
- Até sempre...
Ela era feliz vivendo nesta ingenuidade e ele gostava de vê-la sorrir depois de dizer estas palavras que para ela eram mágicas, que a faziam acreditar que há coisas que nunca mudam, que o tempo não destroi, que a distância não afasta e que ficam no coração, para sempre. E ele observava-a nesse contentamento com um olhar tão apaixonado que ela jurou nunca o esquecer.
O tempo passou, e ele, um dia, cansou-se de simular sentimentos eternos que percebeu não sentir.
Ela... Ela chorou e sofreu, mais do que jamais até ali tinha feito, e percebeu que há pessoas que não são feitas para amar indefinidamente.
O sonho acabou...
Agora, ela continua a acreditar na eternidade dos sentimentos, a acreditar que há pessoas que entram no nosso coração e que nunca de lá saem, podem estar adormecidas, mas é lá que permanecem, num lugar sempre delas.
Continua a tentar que o mundo perceba que há pessoas que entram na nossa vida e que não há nada que as consiga apagar da memória, e muito menos do coração, e isso faz parte de uma das maravilhas do ser humano.
E descobriu que a eternidade das coisas mora bem longe, e só alguns lá chegam.
Quanto a ele, ele continua gravado no coração dela e é lá que vai permanecer, mesmo que adormecido... Pra sempre!
Gostas de mim? – dizia ela.
Gosto.
Muito ou pouco?
Muito
-Até quando?
- Até sempre...
Ela era feliz vivendo nesta ingenuidade e ele gostava de vê-la sorrir depois de dizer estas palavras que para ela eram mágicas, que a faziam acreditar que há coisas que nunca mudam, que o tempo não destroi, que a distância não afasta e que ficam no coração, para sempre. E ele observava-a nesse contentamento com um olhar tão apaixonado que ela jurou nunca o esquecer.
O tempo passou, e ele, um dia, cansou-se de simular sentimentos eternos que percebeu não sentir.
Ela... Ela chorou e sofreu, mais do que jamais até ali tinha feito, e percebeu que há pessoas que não são feitas para amar indefinidamente.
O sonho acabou...
Agora, ela continua a acreditar na eternidade dos sentimentos, a acreditar que há pessoas que entram no nosso coração e que nunca de lá saem, podem estar adormecidas, mas é lá que permanecem, num lugar sempre delas.
Continua a tentar que o mundo perceba que há pessoas que entram na nossa vida e que não há nada que as consiga apagar da memória, e muito menos do coração, e isso faz parte de uma das maravilhas do ser humano.
E descobriu que a eternidade das coisas mora bem longe, e só alguns lá chegam.
Quanto a ele, ele continua gravado no coração dela e é lá que vai permanecer, mesmo que adormecido... Pra sempre!
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