Nunca me julguei tão clara como hoje, nunca me vi tão transparente.
Não olhei à minha volta, nem para as pessoas que passaram por mim enquanto permaneci aqui sentada neste banco tão de todos e tão meu. Não pensei em quem eram ou de onde vinham. Não sei se passou alguém conhecido ou se alguém me acenou. Também não interessa. Hoje o que interessa sou Eu! Eu gosto de mim! E esta sensação de egocentrismo preenche-me. Lembro-me de tudo o que já aprendi e vejo o quanto ainda tenho de aprender. Dizem que devemos sorrir com aquilo que aconteceu mesmo que tenha acabado. E eu finalmente, concordo plenamente! Depois de tudo desfiz-me de ti, não do teu corpo, isso já há muito que não queria, mas da tua imagem que teimava em pairar nos meus pensamentos. Agora estás lá no cantinho da memória, podia arriscar dizer que agora estás ao lado de outra qualquer recordação. Um recordação bonita, mas uma recordação.
Menti-te! Mas não me sinto mal por isso, a minha consciência não pesa como em outras situações. Se calhar porque foste tu que me levaste a mentir, se não fosses tu, nunca seria mentira a eternidade deste sentimento. Tenho de confessar, sinto-me feliz com a mentira que te disse.
Hoje chegou a Primavera e eu percebi, tal como ele, que poucas são as coisas que nunca me disfaço. São poucas, mas são eternas!
Que venham as andorinhas!
quarta-feira, 21 de março de 2007
sexta-feira, 16 de março de 2007
Eras o meu mel...
Lembro-me do primeiro dia que te vi... Lembro-me como se tivesse sido ontem, como se tivesse sido há minutos, como se tivesse sido agora. Como me poderia esquecer! Achei-te tão doce, e quanto a isso nunca me enganei! Realmente, parecias-me mel, em qualquer sitio, com qualquer pessoa, por qualquer motivo.
Mesmo quando estavas preocupado ou triste ou até xatiado, até aí eras mel.
Até quando as coisas não te corriam bem (e só eu sei como ficavas nesses dias) até aí eras mel! E eu gostava tanto da sensação de ser a mim a quem tu procuravas quando não querias estar com mais ninguém.
Eu gostava de saber que estavas bem comigo, que gostavas quando nos riamos de tudo e de nada, quando eramos nada mais que 2 crianças a viver um grande amor. Oh, como era grande o nosso amor!
Eu sabia que gostavas de sentir a água sobre as nossas cabeças, enquanto dizias o quanto me amavas e o quanto era bom estarmos ali, só os dois.
Nesse tempo, que agora parece tão distante, eu sabia que gostavas quando ficávamos horas a falar na minha varanda. A minha varanda...
É bom saber que não me lembro de todas as conversas que tivemos ali. É incrível como transformávamos um sítio tão banal num dos lugares mais encantados em que nos amávamos. Naquelas noites quentes de Verão não havia outro sitio onde gostássemos mais de estar do que ali, a partilhar aquele momento. a falar de nós, a falar de amor ou só a saboriar a presença um do outro, que enchia de encanto os nossos corações.
O tempo voava, o mundo parava, eras só tu e eu.
E à noite, antes de me deitar, eu sabia, eu tinha certeza, do quanto era feliz por te ter comigo, ao meu lado.
Eu era feliz porque te fazia feliz. E isto sim, é amor, amor genuíno,amor verdadeiro.
E durante toda esta estadia num mundo que ambos provávamos pela primeira vez não houve um minuto sequer que não soubesse que eras o meu mel...
Mesmo quando estavas preocupado ou triste ou até xatiado, até aí eras mel.
Até quando as coisas não te corriam bem (e só eu sei como ficavas nesses dias) até aí eras mel! E eu gostava tanto da sensação de ser a mim a quem tu procuravas quando não querias estar com mais ninguém.
Eu gostava de saber que estavas bem comigo, que gostavas quando nos riamos de tudo e de nada, quando eramos nada mais que 2 crianças a viver um grande amor. Oh, como era grande o nosso amor!
Eu sabia que gostavas de sentir a água sobre as nossas cabeças, enquanto dizias o quanto me amavas e o quanto era bom estarmos ali, só os dois.
Nesse tempo, que agora parece tão distante, eu sabia que gostavas quando ficávamos horas a falar na minha varanda. A minha varanda...
É bom saber que não me lembro de todas as conversas que tivemos ali. É incrível como transformávamos um sítio tão banal num dos lugares mais encantados em que nos amávamos. Naquelas noites quentes de Verão não havia outro sitio onde gostássemos mais de estar do que ali, a partilhar aquele momento. a falar de nós, a falar de amor ou só a saboriar a presença um do outro, que enchia de encanto os nossos corações.
O tempo voava, o mundo parava, eras só tu e eu.
E à noite, antes de me deitar, eu sabia, eu tinha certeza, do quanto era feliz por te ter comigo, ao meu lado.
Eu era feliz porque te fazia feliz. E isto sim, é amor, amor genuíno,amor verdadeiro.
E durante toda esta estadia num mundo que ambos provávamos pela primeira vez não houve um minuto sequer que não soubesse que eras o meu mel...
sexta-feira, 9 de março de 2007
Fica...
Não vás! Não antes de eu te dizer tudo! Não me deixes com palavras presas à garganta como se fossem anzóis.
Antes de ires, por favor, antes de ires deixa-me mostrar as cartas que escrevi e que não te enviei por pensar ter muito tempo para o fazer! Não deixes que eu as faça arder, na minha lareira, enquanto vejo o nosso amor imortalizado numa fotografia.
Vai só quando já tivermos vivido tudo, quando já não houver nada para fazer, nada para acontecer. Parte só quando ja tivermos visto tudo, quando tudo já tiver acontecido.
Antes disso, fica! Vamos esgotar o tempo, esgotar a vida!
Mas se quiseres ir, agora, então vai! Eu não vou pedir para ficares depois de me dizeres que já tomaste a tua decisão. Esquece o que eu queria dizer, o que queria mostrar, o que queria viver, esquece e vai!
Lembra-te só do que já passou e vai, vai embora que eu fico, aqui, sem ti!
Não sei se quero que voltes, mas se um dia decidires vir, antes de chegar outra vez o Inverno, só vais encontrar as cartas. Todo o resto já vai ter ardido na lareira do tempo, mesmo que seja Primavera!
Antes de ires, por favor, antes de ires deixa-me mostrar as cartas que escrevi e que não te enviei por pensar ter muito tempo para o fazer! Não deixes que eu as faça arder, na minha lareira, enquanto vejo o nosso amor imortalizado numa fotografia.
Vai só quando já tivermos vivido tudo, quando já não houver nada para fazer, nada para acontecer. Parte só quando ja tivermos visto tudo, quando tudo já tiver acontecido.
Antes disso, fica! Vamos esgotar o tempo, esgotar a vida!
Mas se quiseres ir, agora, então vai! Eu não vou pedir para ficares depois de me dizeres que já tomaste a tua decisão. Esquece o que eu queria dizer, o que queria mostrar, o que queria viver, esquece e vai!
Lembra-te só do que já passou e vai, vai embora que eu fico, aqui, sem ti!
Não sei se quero que voltes, mas se um dia decidires vir, antes de chegar outra vez o Inverno, só vais encontrar as cartas. Todo o resto já vai ter ardido na lareira do tempo, mesmo que seja Primavera!
sábado, 3 de março de 2007
P'ra sempre!
O sonho que eles viviam era muito melhor do que tudo o que poderiam ter imaginado.
Gostas de mim? – dizia ela.
Gosto.
Muito ou pouco?
Muito
-Até quando?
- Até sempre...
Ela era feliz vivendo nesta ingenuidade e ele gostava de vê-la sorrir depois de dizer estas palavras que para ela eram mágicas, que a faziam acreditar que há coisas que nunca mudam, que o tempo não destroi, que a distância não afasta e que ficam no coração, para sempre. E ele observava-a nesse contentamento com um olhar tão apaixonado que ela jurou nunca o esquecer.
O tempo passou, e ele, um dia, cansou-se de simular sentimentos eternos que percebeu não sentir.
Ela... Ela chorou e sofreu, mais do que jamais até ali tinha feito, e percebeu que há pessoas que não são feitas para amar indefinidamente.
O sonho acabou...
Agora, ela continua a acreditar na eternidade dos sentimentos, a acreditar que há pessoas que entram no nosso coração e que nunca de lá saem, podem estar adormecidas, mas é lá que permanecem, num lugar sempre delas.
Continua a tentar que o mundo perceba que há pessoas que entram na nossa vida e que não há nada que as consiga apagar da memória, e muito menos do coração, e isso faz parte de uma das maravilhas do ser humano.
E descobriu que a eternidade das coisas mora bem longe, e só alguns lá chegam.
Quanto a ele, ele continua gravado no coração dela e é lá que vai permanecer, mesmo que adormecido... Pra sempre!
Gostas de mim? – dizia ela.
Gosto.
Muito ou pouco?
Muito
-Até quando?
- Até sempre...
Ela era feliz vivendo nesta ingenuidade e ele gostava de vê-la sorrir depois de dizer estas palavras que para ela eram mágicas, que a faziam acreditar que há coisas que nunca mudam, que o tempo não destroi, que a distância não afasta e que ficam no coração, para sempre. E ele observava-a nesse contentamento com um olhar tão apaixonado que ela jurou nunca o esquecer.
O tempo passou, e ele, um dia, cansou-se de simular sentimentos eternos que percebeu não sentir.
Ela... Ela chorou e sofreu, mais do que jamais até ali tinha feito, e percebeu que há pessoas que não são feitas para amar indefinidamente.
O sonho acabou...
Agora, ela continua a acreditar na eternidade dos sentimentos, a acreditar que há pessoas que entram no nosso coração e que nunca de lá saem, podem estar adormecidas, mas é lá que permanecem, num lugar sempre delas.
Continua a tentar que o mundo perceba que há pessoas que entram na nossa vida e que não há nada que as consiga apagar da memória, e muito menos do coração, e isso faz parte de uma das maravilhas do ser humano.
E descobriu que a eternidade das coisas mora bem longe, e só alguns lá chegam.
Quanto a ele, ele continua gravado no coração dela e é lá que vai permanecer, mesmo que adormecido... Pra sempre!
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